sexta-feira, 13 de março de 2015

Contra a hepatite C - Fotos de nossa campanha

Prof. José Agno - Foto: Lucas Filho
A campanha nacional já terminou - em tese. Na mesma, pessoas eram convidadas a fazer um self posicionando a outra mão em formato da letra C. Esta campanha teve quase 4 milhões de participantes. mas oque é esta doença? Será que posso estar infectado e não saber?
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Desde a elaboração do nosso blog sobre fotografia, tivemos a preocupação em não encher todos os espaços apenas com fotos. Basear as fotos em textos ou textos em fotos foram as opções. Neste caso, fiz estas fotos para amigos do SENAI-Maracanaú (Ceará) em um alerta contra a hepatite C. E tratando de amigos, foi bem mais gratificante.

As fotos foram então feitas dentro da unidade. Deixo aqui nosso agradecimento a Tarcisio Bastos (Diretor da unidade), Rosane Damasceno (Coordenadora Administrativa Financeira) e Liliane Gama (Analista de RH) pelo apoio e o "pode fazer!"
Espero que gostem.
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Hepatite C

A hepatite C é causada por um vírus transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas a infecção também pode passar através das vias sexual e vertical (da mãe para filho). O portador do vírus da hepatite VHC pode desenvolver uma forma crônica da doença que leva a lesões no fígado (cirrose) e câncer hepático.

No Brasil, há cerca de 3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C. Não há vacina contra a doença.

Colaboradores no pátio - Foto: Lucas Filho

Sintomas

A hepatite C é assintomática na maioria dos casos, ou seja, o portador não sente nada após a infecção pelo vírus. Em algumas situações, pode ocorrer uma forma aguda da enfermidade que antecede a forma crônica. Nesses casos, o paciente pode apresentar mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada (icterícia), dores musculares. No entanto, a maioria dos portadores só percebe que está doente anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de hepatite crônica com risco de cirrose e câncer no fígado.

Núcleo Administrativo Financeiro - NAF - Foto: Lucas Filho

Diagnóstico

O exame de escolha para diagnóstico da hepatite C é a pesquisa de anticorpos contra o vírus da hepatite C, o anti-VHC. Entretanto, muitas vezes, a enfermidade é diagnosticada durante exames de rotina ou durante a investigação de outras doenças.
Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993 devem fazer o teste anti-VHC porque, antes dessa data, o sangue das transfusões não era testado nem se conhecia o vírus.

Professores - Foto: Lucas Filho

Tratamento

O tratamento consiste na combinação de interferon (substância antiviral produzida por nosso organismo e que combate o vírus da hepatite C) injetável três vezes por semana associado a uma droga (ribaverina) administrada por via oral por um tempo que varia entre seis meses e um ano. Esses medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo SUS.

Quando não há cirrose instalada, as chances de eliminação total do vírus do organismo variam entre 30% e 70%, dependendo do tipo de vírus, que pode pertencer a dois genótipos: 1 ou não-1.

No início do tratamento, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe forte: dores no corpo, náuseas, febre. Perda de cabelo, depressão, vômitos, emagrecimento são outros sintomas possíveis. Ascite (barriga d’água), cansaço extremo, confusão mental podem ser sintomas do estado avançado da doença.

A cura é definida pela ausência de vírus no sangue seis meses depois do terminado o tratamento. As chances variam entre 40% a 60%, dependendo do tipo de vírus.

Administrativo - Foto: Lucas Filho

Recomendações

  1. Fique longe das bebidas alcoólicas, se é ou foi portador do VHC;
  2. Não utilize drogas injetáveis;
  3. Certifique-se de que todo o material utilizado para coleta de sangue seja descartável;
  4. Verifique se agulhas ou qualquer outro objeto que entre em contato com sangue é descartável ou está devidamente esterilizado;
  5. Leve seu próprio material quando for à manicure;
  6. Se quiser engravidar ou estiver grávida, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;
  7. Só faça sexo com preservativo;
  8. Tome as vacinas contra as hepatites A e B, a vacina contra gripe todos os anos e a vacina contra pneumonia, se é portador do VHC.
Instituto Senai de Tecnologia - IST - Foto: Lucas Filho


Novos Tratamentos

A hepatite C é uma das poucas doenças crônicas que pode ser curada, essa possibilidade se torna mais real com advento desses novos medicamentos de uso oral, sem necessidade do interferon, usados por períodos mais curtos e com menos efeitos colaterais. Novos medicamentos vêm sendo estudados, com o objetivo de se obter um tratamento com menos efeitos colaterais e com maior chance de cura.

Instituto Senai de Tecnologia - IST - Foto: Lucas Filho

Confira: Sofosbuvir e Simeprevir

O Sofosbuvir é o primeiro medicamento dessa nova geração, antiviral de ação direta, que atua como inibidor de uma enzima essencial para a replicação do vírus C, a polimerase NS5B de ácido ribonucleico. O Sofosbuvir é bem tolerado, com pouco ou nenhum efeito colateral.

Estudos com sofosbuvir associado a peginterferon e ribavirina mostram taxas de cura entre 80 a 98%, além de reduzir o tempo do tratamento para 12 semanas. Pesquisas com sofosbuvir e ribavirina sem interferon tem mostrado resposta variando de 64 a 100%, e com boa segurança. Este medicamento fornece a primeira opção de tratamento para o HCV sem interferon.

Estudos clínicos com Simeprevir, medicamento que age de forma semelhante ao Sofosbuvir, em combinação com o interferon peguilado e ribavirina, obtiveram a cura entre 68% e 86% dos pacientes. Os efeitos colaterais relatados foram associados ao interferon peguilado e a ribavirina.

Instituto Senai de Tecnologia - IST - Foto: Lucas Filho
Texto: José Agno
Fotos: 40Photos


Para ver a campanha nacional que inspirou esta, acesse:
http://ctemquesaber.com.br/2013/2015/02/campanha-da-ong-alcanca-37-milhoes-de-selfies/



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